quarta-feira, 28 de julho de 2010

É difícil dizer adeus...

Prefiro dizer a Deus, obrigada! Neste dias 27 perdi meu último reduto de raiz. Minha mãe deixou este plano, livrou-se de seu avatar danificado e partiu em nova missão de luz. Foram 8 anos juntas, numa luta contra as doenças que se abateram sobre ela e também, numa oportunidade de enfim resgatar a relação mãe e filha, tão complicada, tão froidiana. Perdoei-a por não ter sido minha mãe e ela me perdoou por eu ter rejeitado o tipo de mãe que ela pode ser.
Era uma pessoa forte, soberba, com quem aprendi, agora sei com certeza, a fazer minhas limonadas.
Muitos criticaram por ter aberto mão de minha vida para dedicar-me a minha mãe, promovendo um fim dígno e qualificado para ela, sem geriatrias, ou abandonos em horpitais.
Hoje eu digo que não abri mão de minha vida; eu encontrei minha vida que estava perdida.
Dizer adeus a esta mulher é complicado. Por isso prefiro agredecer a Deus a oportunidade que nos foi dada.
Luz a todos nós.

domingo, 23 de agosto de 2009

Chupem este limão…

Me vejo na obrigação de reproduzir esta carta com conteúdo que tão bem traduz o pensamento e o sentimento de minhares de brasileiros e, é claro, o meu…

Vale a pena ler...

Carta aberta, de Eliane Sinhasique, para Renato Aragão, o Didi.

Dou nota DEZ para essa mulher. Parabéns!

Quinta, 23 de maio de 2009.

Querido Didi,

Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu Nome para colar nas correspondências)...

Achei que as cartas não deveriam ser endereçadas a mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta.
Não foi por 'algum' motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos). Você diz, em sua última Carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação.
Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não. Eu não sou ministra da educação, não ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula. A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da minha família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não Mata ninguém. Muito pelo contrário, faz bem! Estudei na escola da zona rural, fiz Supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro empresária.

Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos! Sem falar dos Impostos embutidos em cada alimento, em cada produto ou serviço que preciso comprar para o sustento e sobrevivência da minha família.

Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem. Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais.

O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores, dessa dinheirama toda, não têm a educação como prioridade. Pois a educação tira a subserviência e esse fato, por si só não interessa aos políticos no poder. Por isso, o dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal. Para você ter uma idéia, na minha cidade, cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos)! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda? Você pode ajudar a mudar isso! Não acha?

Você diz em sua Carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que sua Carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria ser endereçada ao Presidente da República. Ele é 'o cara'. Ele tem a chave do Cofre e a vontade política para aplicar os recursos. Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação. Mas, infelizmente, não é o que acontece...

No último parágrafo da sua Carta, mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da 'minha' doação, que a 'minha' doação faz toda a diferença. Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação mínima, de R$ 15,00, eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias.

Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$ 15,00 eu não vou doar. Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho. Isso significa que o governo leva mais de um terço de tudo que eu recebo e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família.

Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo? Acredito que não. Você é um homem de bom senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.
Outra coisa Didi, mande uma Carta para o Presidente pedindo para ele selecionar melhor os ministros e professores das escolas públicas. Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser ministro e para o ensino. Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação. Peça para ele, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de ler, escrever e fazer contas possa desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso tem sim! Diga para ele priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.

Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando... Eliane Sinhasique - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari.

P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal-educada: vou rasgá-la antes de abrir.

PS2* Aos otários que doaram para o criança esperança. Fiquem sabendo, as organizações Globo entregam todo o dinheiro arrecadado à UNICEF e recebem um recibo do valor para dedução do seu imposto de renda. Para vocês a Rede Globo anuncia: essa doação não poderá ser deduzida do seu imposto de renda, porque é ela quem o faz.

PS3* E O DINHEIRO DA CPMF QUE PAGAMOS DURANTE  11(ONZE) ANOS?

MELHOROU ALGUMA COISA NA EDUCAÇÃO E NA SAÚDE DURANTE ESSES ANOS?

BRASILEIROS  PATRIOTAS  (e feitos de idiotas) DIVULGUEM ESSA REVOLTA....

isto deveria chegar em Brasilia.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Sapo engasgado

Pererexa  Quantos sapos a gente come por dia… Perde-se a conta. E tem os que ficam entalados, nem entram nem saem. E fica aquela angústia, aquele mal estar. Não se sabe qual a melhor atitude.

Nestes momentos é importante falar com alguém. E nem precisa ser alguém especial. Apenas uma pessoa que esteja disposta a servir de eco à nossa própria voz, à ordenação de pensamentos.

Se as pessoas soubessem o bem que faz falar-se alto! Gritar até…

Depois que meu pai teve um derrame, por vezes parecia que ele estava fora da realidade e então dava uns berros, parecendo sem controle. Um dia perguntei porque gritava. Ele pensou e largou:

- Alivia!

Então eu tentei. E alivia mesmo! Parece que a gente gospe o sapo entalado e as coisa começam a clarear.

Restabelece as energias, e lá vamos nós espremer mais um limão!

domingo, 9 de agosto de 2009

Porquê o tema…

 

Garfield 4Minha vida social sempre foi bastante ácida, cheia de dificuldades e impecílios. Dentro da metáfora de que cada problema é um limão que a gente tem na mão, digo que sempre enfrentei meus problemas de frente, sem muito beicinho. Portanto, mais cedo ou mais tarde, faço deles ótimas limonadas, que só me fortalecem e ajudam a crescer.

De nada adiante desistir, a cada pedra no caminho. A vida tem que ser vivida. Escolhemos vivê-la bem, ou vivê-la mal. Com certeza, um açucrinha no limão, sempre o tornará mais agradável e digerível, por menos que se goste.

No final das contas, a gente sempre vai olhar prá traz e se divertir muito… E vai encarar o à frente, com muito mais otimismo e preparo.

É isto. Estou aberta a qualquer discussão que venha somar e enriquecer nossa alma.

Sejam bem vindos!